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Forex news -forex broker review => Forex => : admin 10, 2020, 04:16

: Moeda Eletrônica Bitcoin: Análise do Uso na Cidade de Brasília – DF.
: admin 10, 2020, 04:16
Moeda Eletrônica Bitcoin: Análise do Uso na Cidade de Brasília - DF.
MENDES, Ana Carolina Camargo [1]
MENDES, Ana Carolina Camargo. Moeda Eletrônica Bitcoin: Análise do Uso na Cidade de Brasília - DF. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Edição 03. Ano 02, Vol. 01. pp 37-73, Junho de 2017. ISSN:2448-0959.
RESUMO.
Este trabalho de conclusão de curso é resultado do estudo sobre uma tecnologia inovadora chamada Bitcoin, uma criptomoeda que vem tomando espaço em muitos países, trazendo conceitos não somente tecnológicos, mas sim nas principais áreas que são influenciados pelo uso do sistema no Brasil. No decorrer da pesquisa se mostrou importante conhecer e entender novas tecnologias que possam influenciar a vida das pessoas. Devido a sua complexidade, o Bitcoin acabou sendo reconhecido de forma errônea por várias pessoas que não buscaram entender como realmente funciona, desde o desenvolvimento do sistema até o seu uso no dia a dia. Será apresentada uma pesquisa de campo feita em Brasília, que apresenta alguns locais que utilizam de alguma forma em seu negócio o Bitcoin, seja como forma de pagamento, ou até mesmo com a propagação de informações a respeito desse sistema, demonstrando assim, que o uso dessa criptomoeda é real e está cada vez mais sendo disseminada em nosso meio.
Palavras-Chave: Bitcoin, Moeda Virtual, Blockchain.
1. INTRODUÇÃO.
O Bitcoin é considerado por muitos uma revolução tecnológica. Alguns se arriscam até a dizer que o que a internet fez pela informação, o Bitcoin irá fazer pelo dinheiro, levando em consideração que os impostos estejam cada vez mais altos, muitas pessoas procuram modos alternativos de controlar seu próprio dinheiro de forma segura e rápida. O conceito de Bitcoin é exatamente esse: a isenção de um governo, empresa ou grupo selecionado de pessoas que controle transações monetárias, e uma vez que essa ideia surgiu não há nada que possam fazer para impedir a circulação da moeda virtual, cabendo somente a decisão de buscar informações a respeito, acompanhar o fluxo e a influência direta e indireta que terá no mercado tradicional brasileiro.
Atualmente existem algumas moedas virtuais em circulação, mas como o Bitcoin é pioneiro no assunto e é um sistema que movimenta uma moeda sem país e sem fronteiras, se tornou o mais acessível e de maior conhecimento entre os usuários de moedas virtuais, isso leva a previsões de que provavelmente ocorrerão aumentos tanto de usuários quanto no valor da moeda, assim como em outras moedas virtuais existentes. O real atingiu sua cotação máxima no dia 14 de outubro de 1994, quando chegou a valer 1,20 dólar (Banco Central, 2014), que foi no mesmo ano da sua criação. Devido a inflação crescente a moeda vem perdendo valor desde então.
No Brasil um dos supostos problemas para a utilização da moeda é a falta de conhecimento da população em relação à essa nova tecnologia. Isso torna mais difícil que investidores realmente invistam em moeda virtual, pois é necessário oferta e demanda para criarem mineradoras potentes (Locais onde o trabalho em suma se dá a criação de Bitcoins) assim como para manter o valor do BTC alto. Outro problema que poderá influenciar sua utilização pelos brasileiros é o fato de que a moeda pode ser usada para fins criminosos como facilitador do mercado negro, por ser considerado erroneamente um sistema de transações anônimo.
O fato de que o governo possuindo o poder de criação de dinheiro, muitas vezes desenfreado, causa uma crescente inflação no pais. O Bitcoin poderia ser um sistema tecnológico/econômico que mudaria essa realidade e provavelmente melhoraria a qualidade de vida da população.
Inicialmente será abordado o básico sobre o Bitcoin, o histórico da moeda, como funciona, suas principais características, a segurança por detrás do sistema. Em seguida serão abordadas legislações e leis vigentes sobre o tema, assim como conceitos sociológicos e econômicos que influenciaram e influenciam a sua utilização no Brasil. Foram pesquisadas empresas em Brasília que possuem Bitcoin como um dos métodos de pagamento ou até mesmo auxiliando na propagação de informações a respeito do sistema como por exemplo na parte de consultoria, apontando as principais dificuldades e facilidades encontradas ao adquirir essa tecnologia para o negócio ou até mesmo no dia a dia.
1.1 OBJETIVO GERAL.
O objetivo desta pesquisa é esclarecer dúvidas e expor pensamentos de cunho tecnológico, sociológico, legislativo e econômico em relação ao Bitcoin, um sistema independente de moeda virtual. Serão descritas as opiniões dos empresários que utilizam o sistema em seus negócios, o porquê da adoção do sistema, a rentabilidade que preveem, o público que desejam atingir.
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
Para satisfazer o objetivo geral foram realizadas as seguintes atividades:
Expor os conceitos básicos por detrás do sistema. Identificar os pontos supostamente vulneráveis na segurança da rede Bitcoin. Expor os aspectos sociológicos e econômicos que influenciam a moeda atualmente. Levantar e coletar os dados pertinentes ao tema. Analisar os dados coletados. Apresentar a conclusão explicitando os prós e contras da moeda oriundos da sua utilização baseando-se em pesquisas feitas em Brasília - DF.
1.3 METODOLOGIA.
Para atingir os objetivos acima descritos visando esclarecer dúvidas sobre a moeda e trazer informações para que não seja vista de forma errônea, é necessário pesquisar a fundo sobre cada conceito e cada detalhe que possa influenciar a sua credibilidade. A base teórica da pesquisa foi em suma encontrada nos livros e artigos disponíveis sobre o assunto, tanto nacionais quanto internacionais. Algumas páginas web que tratam o assunto também foram abordadas, como por exemplo: fóruns, sites de tecnologia, sites de empresas que lidam com o Bitcoin.
Trazendo para a pesquisa não somente termos tecnológicos, tornou-se necessário pesquisar legislações, conceitos culturais, a economia do país atualmente e também o nível de maturidade e aceitação que os cidadãos tem tido em relação a essa nova alternativa de se ver a vida financeira.
Foram feitas entrevistas aos responsáveis pelas empresas que poderiam esclarecer algumas dúvidas, que estão detalhadas no capítulo 4.
Para entender melhor como funciona a empresa Hostcoin, foi encaminhada uma mensagem pela rede social Facebook da empresa: @hostcoinbr, que se encontra no próprio site hostcoin.com.br, onde foram feitas perguntas que pudessem esclarecer o maior número possível de dúvidas relacionadas ao sistema e a sua forma de utilização, o responsável pelo site quis se identificar como "Administrador".
No caso da ABAX contabilidade o contato com o responsável foi feito pelo e-mail da empresa no qual Moisés Eulálio respondeu as dúvidas apresentadas e por não ser um especialista indicou o contato com Rodrigo Batistele, um consultor de criptomoedas.
Ao entrar em contato com Batistele, que é consultor de criptomoedas atuando em Brasília, notou-se que o mesmo possuía uma empresa que presta consultorias tanto para pessoas físicas e jurídicas chamada CapitalBTC, muitas dúvidas sanadas nesta pesquisa foram através do mesmo, a entrevista foi feita em seu escritório no SRTVS.
O restaurante pecorino fica localizado no Boulevard Shopping, onde foi feito o contato com o gerente do restaurante em Brasília para esclarecer algumas dúvidas sobre a utilização do sistema no comércio alimentício, já que o gerente em si não possuía conhecimentos técnicos sobre o Bitcoin. Para incorporar este serviço em seu negócio, fizeram algumas reuniões com consultores da criptomoeda para entender melhor como funciona este serviço. Eles utilizam o aplicativo de carteira da própria Blockchain para realizar as transações.
2. BITCOIN.
Para Ulrich (2014) o Bitcoin é uma forma de dinheiro, assim como o real, o dólar ou o euro, com a diferença de ser puramente digital e não ser emitido por nenhum governo. O seu valor é determinado livremente pelos indivíduos no mercado. Para transações online, é a forma ideal de pagamento, pois é rápido, barato e seguro. Antes, para enviar uma mensagem a uma pessoa em outro continente, era necessário fazer isso utilizando os serviços dos correios. Dependia de um intermediário para, fisicamente, entregar uma mensagem. Com o advento da internet, o que o e-mail faz com a informação, o Bitcoin faz com o dinheiro. É possível transferir fundos de A para B sem jamais precisar confiar em um terceiro para essa simples tarefa.
As transações na rede Bitcoin não são da forma convencional como são em outros sistemas por exemplo, PayPal; em vez disso, são denominadas em Bitcoins. Isso a torna não só uma rede de pagamentos descentralizada, mas também uma moeda virtual. O valor da moeda não deriva do ouro ou de algum decreto governamental. Os usuários é que atribuem o seu valor.
O valor em reais do Bitcoin é determinado em um mercado aberto, da mesma forma que funcionam as taxas de câmbio das moedas mundiais. As transações são verificadas, e o gasto duplo é prevenido, por uso da criptografia de chave pública. Esse processo exige que a cada usuário sejam determinadas duas chaves: uma privada, que é mantida em segredo, e uma pública.
Quando a pessoa A deseja transferir Bitcoins a uma pessoa B, ela cria uma mensagem que contém a chave pública de B, assinando com sua própria chave privada. Olhando a chave pública de A pode-se ver que transação foi assinada com sua chave privada, mantendo assim sua autenticidade, e que agora B é o proprietário do que foi transferido. A transação é registrada, carimbada com data e hora sendo em seguida exposta em um bloco do blockchain . A criptografia de chave pública garante que todos os computadores na rede tenham registro constantemente atualizado e verificado de todas transações na rede Bitcoin, impedindo assim o gasto duplo e qualquer tipo de fraude (ULRICH, 2014), vide figura 1.
Figura 1: Transação Bitcoin. Autoria (2016)
Ulrich (2014) descreve a visão de Wei Dai, que alguns afirmam ser o pseudônimo de Satoshi, criador do Bitcoin, sobre a criptomoeda:
"Eu estou fascinado com a cripto-anarchia do Tim May (membro fundador da lista de discussão Cyberpunk). Ao contrário das comunidades tradicionalmente associadas à palavra 'anarquia', em uma cripto-anarquia o governo não é temporariamente destruído, mas permanentemente proibido e permanentemente desnecessário. É uma comunidade em que a ameaça de violência é impotente porque é impossível, e a violência é impossível porque os participantes não podem ser vinculados aos seus nomes verdadeiros ou às localidades físicas.... Até agora não está claro, até mesmo teoricamente, como tal comunidade poderia operar. Uma comunidade é definida pela cooperação de seus participantes e cooperação eficiente requer um meio de troca (dinheiro) e uma forma de fazer cumprir contratos. Tradicionalmente esses serviços têm sido providos pelo governo ou por instituições patrocinadas pelo governo e somente a entidades jurídicas. " (DAI, W. apud ULRICH, 2014)
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: admin 10, 2020, 04:17
2.1 BLOCKCHAIN - O LIVRO DA RAZÃO DO BITCOIN.
Segundo Ulrich (2016), o blockchain é a solução para evitar o gasto duplo da moeda. Consiste em agrupar as últimas transações da rede em uma espécie de bloco que contém uma referência ao bloco anterior e carimbá-la com o hash na rede. As novas transações são registradas na rede seguindo o mesmo processo, formando assim a blockchain em ordem cronológica.
O blockchain é considerado o livro-razão do Bitcoins. É único e compartilhado por todos os usuários do sistema na qual as transações são registradas de forma irreversível, sendo, portanto, um registro cronológico de todas as transações que ocorreram na rede e foram compiladas e validadas pelos mineradores, de forma pública, única, replicado e compartilhado pelos usuários do sistema. Sua manutenção e atualização ocorre de forma descentralizada e voluntária, sendo a emissão de novos Bitcoins o incentivo dado a quem se dedica à mineração (Ulrich, 2016).
Na figura 2 mostra-se a diferença entre o sistema tradicional de criação da moeda e a criação da moeda virtual Bitcoin.
Figura 2: Mineração Bitcoin. Autoria (2016)
2.2 MINERAÇÃO BITCOIN.
Quando se envia Bitcoins, os mineradores confirmam e analisam a transação e escrevem os detalhes num livro-razão público chamado Bloco. Estes são recompensados com Bitcoins recém minerados a uma pequena taxa de transação pelo duro trabalho; enquanto gravam as transações os mineradores também jogam numa loteria com a criptografia do bloco e o prêmio são novos Bitcoins. A recompensa irá para o primeiro minerador que adivinhar corretamente o número que decifra o bloco e o envia para a rede. O bloco que foi resolvido é adicionado à blockchain que lista cada transação Bitcoin na história.
Quanto mais poder computacional tem os mineradores mais rápido podem trabalhar para adivinhar o número certo e submeter o número para a rede o quanto antes. A dificuldade de adivinhar o número certo aumenta baseada na velocidade que os mineradores completam os blocos e é ajustada de forma que não importa quantos mineradores existam; um bloco é resolvido a cada 10 minutos, isto significa que os Bitcoins são sempre descobertos numa taxa contínua e previsível ou sendo distribuídos de modo correto. A quantidade de Bitcoins recompensada por cada bloco vai cair pela metade aproximadamente a cada 4 anos até que um dia, nenhum Bitcoin seja mais criado, o que está previsível para acontecer no ano de 2140, nesse tempo as taxas de transação substituirão os novos Bitcoins como recompensa pela mineração. A mineração é o que leva o Bitcoin para frente e ao mesmo tempo o mantém seguro para todos (BITCOINS NEWS BRASIL, 2015).
"A real mineração de Bitcoins é puramente um processo matemático. Uma analogia útil é a procura de números primos: costumava ser relativamente fácil achar os menores (Erastóstenes, na Grécia Antiga, produziu o primeiro algoritmo para encontrá-los). A medida que eles eram encontrados, ficava mais difícil encontrar os maiores. Hoje em dia, pesquisadores usam computadores avançados de alto desempenho para encontrá-los, e suas façanhas são observadas pela comunidade da matemática (por exemplo, a Universidade do Tennessee mantém uma lista dos 5.000 maiores). No caso do Bitcoin, a busca não é, na verdade, por números primos, mas por encontrar a sequência de dados "bloco". A dificuldade da busca também aumenta, fazendo com que seja computacionalmente mais difícil encontrar uma combinação. Esses dois efeitos combinados acabam por reduzir ao longo do tempo a taxa com que Bitcoins são produzidos, imitando a taxa de produção de uma commodity como o ouro. Em um momento futuro, novos Bitcoins não serão produzidos, e o único incentivo aos mineradores serão as taxas de serviços pela verificação de transações. Esse processo de mineração de Bitcoins não continuará indefinidamente. O Bitcoin foi projetado de modo a reproduzir a extração de ouro ou outro metal precioso da Terra - somente um número limitado e previamente conhecido de Bitcoins poderá ser minerado. A quantidade arbitrária escolhida como limite foi de 21 milhões de Bitcoins. Estima-se que os mineradores colherão o último "satoshi", ou 0,00000001 de um Bitcoin, no ano de 2140. Se a potência de mineração total escalar a um nível bastante elevado, a dificuldade de minerar Bitcoins aumentará tanto que encontrar o último "satoshi" será uma empreitada digital consideravelmente desafiadora. Uma vez que o último "satoshi" tenha sido minerado, os mineradores que direcionarem sua potência de processamento ao ato de verificação das transações serão recompensados com taxas de serviço, em vez de novos Bitcoins minerados. Isso garante que os mineradores ainda tenham um incentivo de manter a rede operando após a extração do último Bitcoin" (TINDELL, 2013 apud ULRICH, 2014).
Os mineradores, ao processar o software Bitcoin, buscam encontrar uma sequência de dados (é a resposta do desafio, denominado "nonce", na verdade, trata-se de um número que tem o seu valor influenciado pelo grau de dificuldade do bloco, definido pelo software básico do Bitcoin). Esta sequência de dados deve solucionar a seguinte equação:
(nonce) + (hash do bloco anterior da cadeia do blockchain) + (hash do bloco a ser processado) = (hash final específico, que inicie com 12 zeros) [20]. (SILVA, 2014)
2.3 FORMATO P2P (PEER-TO-PEER)
P2P provém do inglês peer-to-peer , que significa par-a-par. É um formato de rede de computadores em que a principal característica é a descentralização das funções convencionais de rede, onde o computador de cada usuário conectado acaba por realizar funções de servidor e de cliente ao mesmo tempo" (ciriaco, 2008). A figura 3 apresenta como acontece o funcionamento do formato de rede P2P.
Figura 3: O formato de rede P2P. Fonte: Ferraz (2010)
Seu objetivo principal era a transferência de arquivos multimídia, como por exemplo no programa eMule (2015) para compartilhamento de músicas, vídeos, imagens... etc. Porém foi uma ótima forma de transmissão a ser usada no caso dos Bitcoins, pois não seria necessário terceirizar o serviço tornando mais seguro e irrastreável utilizando a ligação cliente-para-servidor. Cliente é o nome dado à máquina que solicita algo à rede e servidor aquele que envia o arquivo, ou seja, em ambos os lados são pessoas que querem receber algo e enviar algo.
O Bitcoin se encaixa em uma mediação dos dois extremos. Os Bitcoins são como dinheiro em espécie no sentido de que quando A envia Bitcoins para B, ele deixa de possuir o dinheiro e quem possui agora é B, sem que nenhum intermediário saiba suas identidades. Por outro lado, diferentemente de dinheiro em espécie, o fato de que a transação foi carimbada com data, hora, além de outras informações, está registrado no blockchain . Resumindo, toda e qualquer transação já efetuada na rede Bitcoin pode ser vista no blockchain. Para Ulrich (2014), o anonimato da moeda é um entendimento errôneo sobre o Bitcoin. As transações online normalmente necessitam de um intermediário. Sendo assim não são anônimas. Por exemplo o PayPal registra todas as vezes que o ator A enviou dinheiro para o ator B, suas contas no sistema estão vinculadas à suas contas bancárias e a identidade de cada usuário é acessível. Por outro lado, se A entrega para B dinheiro em espécie, não há intermediário nem registro da transação.
2.4 SEGURANÇA NA REDE BITCOIN.
A rede Bitcoin é bastante segura pelo fato de usar a tecnologia blockchain , que inclusive alguns bancos nacionais já estão implementando nos seus sistemas bancários. Porém é necessária a busca de informações sobre o tema para fazer o melhor uso possível. Atualmente existem inúmeros tipos de ataques às redes de todo o mundo. Abaixo serão abordadas as principais formas de ataque em relação ao sistema Bitcoin, lembrando que existe uma diferença entre ataques à rede Bitcoin e ataques a alguns sistemas que utilizam a rede Bitcoin para realizar transações, como por exemplo ataques às carteiras bitcoins ( bitcoins wallets ), malwares instalados no computador do cliente, vírus nos dispositivos móveis utilizados para realizar as transações, etc.
2.4.1 ATAQUES DE DENIAL OF SERVICE (DOS)
Segundo Silva (SILVA, 2014), o cliente Bitcoin está programado para derrubar conexões com qualquer nó que esteja enviando dados não válidos (informação que não é nem uma transação válida, bloco ou outra mensagem propriamente dita). Se o cliente estabelecer apenas conexões de saída ( outbound ), seria muito difícil de sobrecarregá-lo com um ataque DoS. Entretanto, se ele aceitar conexões de entrada ( inbound ), constantes solicitações de reconexão por parte de um nó malicioso com endereços diferentes, caracterizariam um ataque DoS.
Um nó malicioso pode tentar usar mensagens válidas de transação para executar um ataque de negação de serviço, mas isso exigiria uma grande quantidade de moedas.
: Re: Moeda Eletrônica Bitcoin: Análise do Uso na Cidade de Brasília – DF.
: admin 10, 2020, 04:17
2.4.2 ATAQUE DE ISOLAMENTO DE NÓS.
Este método de ataque acontece quando um atacante tenta sobrecarregar a rede com clientes comprometidos, espécie de ataque man-in-the-middle (MOORE apud SILVA, 2013). Dessa forma, possivelmente um cliente ao se conectar nesta rede estaria ligado a nós sob o controle do invasor, deixando-o fora da rede correta. Assim, um nó estaria suscetível a uma grande gama de outros ataques. Este estado poderia ser explorado (no mínimo) das seguintes formas: o atacante pode se recusar a retransmitir blocos e transações do "mundo externo", desconectando o nó atacado da rede (negação de serviço); o invasor pode transmitir apenas os blocos por ele criados, colocando o nó atacado em uma rede separada, criando condições para ataques de gasto duplo; caso o cliente atacado confie em transações sem confirmações, o invasor pode simplesmente filtrar certas transações para executar um ataque de gasto duplo. (SILVA, 2014).
2.4.3 SPAM DE TRANSAÇÕES.
O cliente Bitcoin pode, facilmente, transacionar consigo mesmo, isto é, entre endereços gerenciados pela mesma pessoa, repetidamente (BITCOIN WIKI, 2014 apud SILVA, 2014). Esta facilidade pode ser utilizada para atacar a rede. Caso todas as transações dentro do timestamp (10 minutos) preencherem um bloco com o tamanho máximo de 1MB, as outras transações dentro do período serão adiadas para processamento e inclusão no próximo bloco da blockchain . Representa, assim, um tipo de ataque de negação de serviço.
Entretanto, a formação do bloco de transações possui algumas particularidades. Primeiro, o protocolo estabelece o máximo de 50KB de transações grátis por bloco (o Bitcoin segue um conjunto de regras específicas para cálculo da taxa de transação) (BITCOIN WIKI, 2014 apud SILVA, 2014), as demais transações possuem taxas. Assim, neste cenário, caso o atacante queira comprometer todas as transações, findos os 50KB gratuitos, as taxas podem ficar até 0,01 Bitcoin por KB. Um atacante teria um grande gasto na operação. Mesmo que um atacante queira desperdiçar dinheiro, na montagem do bloco que irá compor a blockchain, existe um mecanismo de prioridade pelo tempo desde que as moedas foram gastas pela última vez. Desse modo, conclui-se que ataques de spam de transações são pouco eficazes. (SILVA, 2014) .
2.4.4 ATACANTES COM ELEVADO PODER COMPUTACIONAL.
Um atacante que controlar mais que 50% do poder computacional da rede pode, pelo espaço de tempo em que estiver no controle, excluir e modificar a ordem das transações (BITCOIN, 2014 apud SILVA, 2014).
Isto permitirá, durante o tempo em que estiver no controle: reverter as transações por ele enviadas; abrir espaço para o duplo gasto; evitar que algumas ou todas as transações recebam qualquer confirmação; impedir que alguns ou todos os outros mineradores de minerar qualquer bloco válido.
Os atacantes não poderão: reverter transações de outras pessoas; prevenir transações a serem enviadas (exibirão como status "zero", "não confirmada"); alterar o número de moedas geradas por bloco; criar moedas de forma off-line ; enviar moedas que nunca pertenceram a ele.
Com menos de 50%, o mesmo tipo de ataque é possível, porém com menos de 100% de taxa de sucesso. Por exemplo, alguém com 40% do poder de computação da rede pode produzir 6 confirmações de transações com uma taxa de sucesso de 50%.
É muito difícil mudar blocos consolidados, é exponencialmente mais difícil retroceder na linha do tempo da blockchain . Resumindo, este ataque exige muito poder sobre a rede, sendo difícil alguém tentar fazê-lo. Uma pessoa visando lucro ganha mais, apenas seguindo as regras, e até mesmo alguém que tentar destruir o sistema provavelmente vai encontrar outros ataques mais atraentes. No entanto, se este ataque for executado com sucesso, será difícil ou impossível "desembaraçar" a confusão criada. Quaisquer alterações executadas pelo atacante podem se tornar permanentes. (SILVA, 2014)
2.4.5 SEGMENTO DA BLOCKCHAIN.
Como o Bitcoin é um sistema peer-to-peer e não existe uma autoridade central para resolver disputas de integridade dos dados, cada cliente tem que executar essa tarefa. Em condições normais, um cliente recebe, de outros nós, dados acerca dos novos blocos e usa a blockchain como parâmetro para a confirmação das transações e as que ainda estão para ser incluídas em um bloco (BITCOIN WIKI, 2014 apud SILVA, 2014).
Para Silva (2014), caso exista uma "segmentação" da blockchain , devido a uma tentativa de ataque, diferença em relação a versões ou modificações dos clientes, isolamento da internet em certas regiões, a cadeia mais longa é considerada segura para todos os fins, todas as transações que fazem parte da cadeia mais curta e não forem encontradas na cadeia mais longa são tratadas como se não fizessem parte de nenhum bloco.
Entretanto, quando as cadeias dos blocos segmentados forem recombinadas, todas as transações geradas na cadeia mais curta serão adicionadas novamente ao conjunto de transações da cadeia longa, porém, o status destas transações será reiniciado com o status de "não confirmada", mas ainda sim permanecerão válidas. Nenhuma transação será perdida a menos que a segmentação persista por mais de 120 blocos. Após este limiar, os blocos da cadeia curta começarão a "amadurecer" fazendo com que todas as transações com base nessa cadeia se tornarem inválidas quando recombinado com a cadeia mais longa (SILVA, 2014).
2.4.6 TRANSACTION MALLEABILITY.
Um bug no software Bitcoin permite que um hacker possa utilizar da rede Bitcoin para alterar os detalhes da transação no intuito de simular que uma dada transferência foi malsucedida, quando, de fato, ocorreu perfeitamente. Este defeito, conhecido como transaction malleability (maleabilidade de transação) torna possível para um terceiro alterar o hash de qualquer transação recém-emitida sem invalidar a assinatura, desta forma, resultando em uma operação válida, porém com um hash diferente. (SILVA, 2014).
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: admin 10, 2020, 04:17
2.5 BITCONIN WALLETS.
As carteiras de bitcoin servem resumidamente para armazenar e fazer transações com a moeda, conhecidas internacionalmente como Bitcoin Wallets , dependendo das funcionalidades de cada software é possível realizar processos distintos em cada um.
" Wallets Bitcoin ou genericamente carteiras, corresponde a um serviço de gerenciamento de endereços Bitcoin. Suas principais funcionalidades consistem em: envio e recebimento de Bitcoins; geração de endereços; gerenciar saldos, e, proteger as chaves do usuário por meio de senhas e criptografia dos dados. Existem, atualmente, diversos tipos de carteira, das quais podem ser classificadas em: web wallets, software wallets e paper wallets . Os softwares wallets são programas que podem ser instalados nos dispositivos do usuário capazes de se conectar diretamente à rede Bitcoin, sincronizando a blockchain localmente, e permitem a manipulação da moeda. Ainda, podem conter recursos adicionais como a leitura de códigos QR. Como exemplos, temos o Multibit e o Bitcoin-Qt." (SILVA, 2014)
Algumas dicas de segurança podem ser tomadas para a utilização da bitcoins wallet , como por exemplo:
Fazer o backup da sua carteira, criptografar os seus backups impedindo assim que softwares maliciosos tenham acesso ou até mesmo em caso do seu dispositivo tenha sido furtado, manter sempre o seu software atualizado.
3. INFLUÊNCIA DA MOEDA NAS POLÍTICAS BRASILEIRAS.
O Banco Central do Brasil (2014) disponibilizou na internet um comunicado no qual se apresentam alguns tópicos sobre o Bitcoin, informando que a moeda não tem potencial para afetar a estabilidade financeira da economia brasileira no momento. Por tanto estão tomando medidas para lidar com o assunto futuramente.
No quadro 1 é apresentado o relatório do BCE (Banco Central Europeu) publicado no projeto de lei apresentado em 2015 pelo Deputado Dr Aureo (2015), que trata dos riscos apontados sobre moedas virtuais e um breve comentário sobre os mesmos.
Quadro 1 - Relatório Especial BCE.
Riscos apontados pelo relatório sobre moedas virtuais do BCE Comentário "Não impõe um risco sobre a estabilidade de preços, conquanto a criação de moeda permaneça em um nível baixo" Como bem ressalvado o efeito das moedas virtuais sobre a estabilidade de preços ainda não traz preocupações enquanto estes mecanismos não crescerem em relação à economia. Assumindo ser inevitável que eles realmente continuem crescendo junto ao incremento do uso da internet, cabe monitorar a partir de que ponto esta premissa deixará de ser verdadeira. "tendem a ser inerentemente instáveis, mas não têm o condão de comprometer a estabilidade financeira do país dada a sua conexão limitada com a economia real, seu baixo volume negociado e a falta de aceitação tão ampla entre os usuários" Mais uma vez o Relatório do BCE faz a devida ressalva de que a necessidade de regulação imediata depende da (ainda) baixa amplitude de adoção dessas moedas virtuais. Com o crescimento da internet impulsionando as moedas virtuais haverá um natural incremento de pontos de conexão com a economia real, podendo passar a ameaçar a estabilidade financeira. De qualquer forma, o Relatório indica que tais esquemas são inerentemente instáveis, com elevada volatilidade da sua relação de troca com a moeda local. "não é regulado no presente momento e não é supervisionado ou fiscalizado de perto por qualquer autoridade pública ainda que a participação nesses esquemas exponha os usuários a riscos de crédito, liquidez, operacionais e legais" Aqui a preocupação é menos sistêmica e mais de direito do consumidor. Os usuários desses mecanismos estão inadvertidamente expostos a riscos financeiros significativos e sem proteção legal alguma. "podem representar um desafio às autoridades públicas, dada a incerteza legal por trás destes esquemas que podem ser utilizados por criminosos, fraudadores e pessoas que lavam dinheiro para realizar suas operações ilegais" As moedas virtuais facilitam atividades criminosas, especialmente lavagem de dinheiro. "podem ter um efeito negativo sobre a reputação dos Bancos Centrais, assumindo que o uso de tais sistemas cresce consideravelmente e que no caso de um incidente atrair a cobertura da imprensa, o público pode perceber o incidente como sendo causado, em parte, pelo fato de o Banco Central não estar fazendo seu trabalho direito" Um esquema que pode ser entendido como uma "pirâmide" que acaba desmoronando pode ser interpretado como uma "barbeiragem" do Banco Central, minando a sua credibilidade.
Fonte: PL - Aureo (2015)
Moeda é todo meio pelo qual são efetuadas transações monetárias, e sendo assim o Real, moeda brasileira, poderia em alguns casos ser utilizado para atividades ilícitas; mas não é viável culpar a moeda e muito menos o Estado pela criação da mesma. Os verdadeiros culpados são os próprios mediadores que a utilizam para fins criminosos. O Bitcoin possui uma falsa teoria de anonimato, porém as transações não são anônimas, conforme explicado a seguir no tópico 3.2.
Os assuntos política e economia sempre estiveram presentes fortemente no sistema Bitcoin. Desde antes mesmo da sua propagação já eram abordadas várias discussões sobre o poder de criação de valor, que no caso não estaria nas mãos do governo ou qualquer empresa e/ou grupo de pessoas. Ulrich que é um dos principais autores na temática do Bitcoin, citando Tucker em seu livro, nos ensina que:
"O novo poder de criação de moeda sob o regime de bancos centrais foi imediatamente posto em prática por meio das mortes em massa da Primeira Guerra Mundial. Foi uma guerra total e absoluta - a primeira guerra internacional da história que fez de toda a população parte do esforço de guerra - e financiada por endividamento lastreado no novo poder mágico dos governos de usar o sistema bancário para fabricar receita com a impressora de dinheiro" (TUCKER apud ULRICH, 2014).
3.1 NÚMERO CRESCENTE DE EMPRESAS E USUÁRIOS DE BITCOIN.
Existe um número crescente de pessoas utilizando o Bitcoin no Brasil, tanto vendedores quanto consumidores. A pesquisa cujo resultado é apresentado no quadro 2 foi realizada por meio dos sistemas chamados CoinMap.org e CoinBrasil que indicam alguns comércios onde realizam transações Bitcoins.
Quadro 2 - Algumas organizações que utilizam transações Bitcoin.
NÍVEL MUNDIAL URL Nome Localização http://www.dell.com DELL MUNDIAL http://www.microsoft.com MICROSOFT MUNDIAL NÍVEL NACIONAL (BRASIL) URL Nome Localização http://www.markbox.com.br MARKBOX BLUMENAU http://microum.com.br MICROUM CURITIBA http://www.ultrafitness.com.br ULTRAFITNESS SÃO PAULO DISTRITO FEDERAL URL Nome Localização https://localBitcoins.com/ad/300893/compre-Bitcoins-com-dinheiro-r-5-sul-5-aguas-claras-brasilia-df-brazil Bitcoin POS Rua Ipê Amarelo - Aguas Claras http://www.hostcoin.com.br HOSTCOIN Rua 05 Sul Lote 05 05 - Aguas Claras NÃO POSSUI WIFICONFIG QE 19 CONJUNTO L - BRASÍLIA http://www.unepxmildf.com.br UNEPXMIL 48HS RASTREADORES SOF SUL QUADRA 13 CONJUNTO B - BRASÍLIA NÃO POSSUI BITCOIN ATM SIA SAI SUL, ÁREA DE SERVIÇO PÚBLICO - GUARÁ http://www.abaxcontabilidade.com.br BAX CONTABILIDADE SRTVS - Brasília https://www.mercadoviagens.com BLOCO B CLN 402 - BRASÍLIA http://fixedesign.com.br FIXE DESIGN LN 116 BLOCO E SALA 60 SUBSOLO - BRASÍLIA.
Fonte: Adaptado de CoinMap (2016) e CoinBrasil (2016)
: Re: Moeda Eletrônica Bitcoin: Análise do Uso na Cidade de Brasília – DF.
: admin 10, 2020, 04:17
3.2 DÚVIDAS SOBRE O SISTEMA.
Um dos problemas que os desenvolvedores tentam mitigar no sistema é o vazamento de dados, pois a integridade e confiabilidade dos dados é fundamental em um software . Se um usuário malicioso tentar gastar os seus Bitcoins em dois recipientes ao mesmo tempo, isto configura gasto duplo. Bitcoin mineração e a corrente de bloqueio existem para criar um consenso na network sobre qual das duas transações será confirmada e pode ser considerada válida. (Principais Desenvolvedores Bitcoin).
Segundo Ulrich (2014) o gasto duplo é prevenido através de uma criptografia de chave pública que logo em seguida é registrada, carimbada com data e hora e exposta em um bloco da blockchain , o que impede qualquer tipo de fraude. Apesar de parecer um sistema completamente anônimo, se a identidade de uma pessoa estiver associada à uma chave pública ela pode ser facilmente rastreada através na blockchain , assim o Bitcoin não garante o anonimato, mas permite o uso de pseudônimo.
O suposto anonimato da moeda foi sempre uma das maiores dúvidas sobre o assunto, apesar de ser bastante difícil manter esse anonimato na rede Bitcoin, o Estado acredita que pode se tornar um meio fácil para comércios ilegais na internet.
Ulrich (2014) afirma que o Bitcoin tem potencial para melhorar a vida dos mais pobres, posto que facilitar o acesso a um serviço financeiro básico é uma técnica antipobreza promissora, por exemplo: o sistema de pagamento por celular M-Pesa (Vodafone) tem tido sucesso nos países como Afeganistão, Quênia, Tanzânia, que criaram um serviço de carteira chamado Bitcoin Kipochi (Spaven, 2013) e que permite usuários do M-Pesa trocar Bitcoins. Usuários situados em alguma situação de opressão também podem se beneficiar da privacidade financeira que o Bitcoin proporciona. Como o Bitcoin não possui uma autoridade central não podem reverter transações ou impedir as mesmas entre países, levando assim usuários enfadados com os controles de capitais e a má gestão de bancos centrais a utilizarem a moeda virtual.
Como o Bitcoin é um sistema opensource, vários desenvolvedores voluntários criam e alteram funcionalidades do sistema e da rede a todo instante.
"Programadores podem desenvolver protocolos alternativos em cima do protocolo do Bitcoin da mesma forma que a web e o correio eletrônico operam no protocolo da internet TCP/IP. Um programador já propôs uma nova camada de protocolo para agregar ao protocolo do Bitcoin e assim aperfeiçoar a estabilidade e segurança da rede. Outro criou um serviço de tabelião digital para armazenar anonimamente e com segurança uma "prova de existência" para documentos privados, em cima do protocolo do Bitcoin. Outros, ainda, adotaram o modelo Bitcoin como forma de cifrar comunicações de correio eletrônico. Um grupo de desenvolvedores esboçou um protocolo aditivo que melhorará a privacidade da rede. O Bitcoin é, portanto, a fundação sobre a qual outras camadas de funcionalidade podem ser construídas. O projeto Bitcoin pode ser mais bem imaginado como um processo de experimentação financeira e comunicativa. Os elaboradores de políticas públicas devem ter cuidado para que suas diretivas não suprimam as inovações promissoras em desenvolvimento dentro e sobre o novato protocolo. " (Ulrich, 2014).
: Re: Moeda Eletrônica Bitcoin: Análise do Uso na Cidade de Brasília – DF.
: admin 10, 2020, 04:18
4. LIDANDO DE FORMA PRÁTICA COM O BITCOIN.
Desde que foi inventada a rede Bitcoin por Satoshi Nakamoto em 2009 surgiram várias críticas e especulações sobre a legalidade da moeda, se ela duraria em alguns países, sua especulação, seu "anonimato". Muitas pessoas tentaram extinguir o Bitcoin, mas fracassaram em todas as tentativas.
Em 14/01/2016 um dos desenvolvedores da Bitcoin chamado Mike Hearn publicou um post no site Medium (Hearn, 2016) onde diz que a moeda faliu e a culpa era da comunidade Bitcoin, pois o que deveria ser uma moeda descentralizada agora estava sendo controlada por algumas pessoas. A controvérsia está que em agosto de 2015 dois desenvolvedores da Bitcoin, entre eles Hearn, criaram uma versão distinta e não oficial do Bitcoin chamada Bitcoin XT que respondia a 8,4% dos computadores que rodam o software de Bitcoins, porém essa nova ramificação do sistema dividiu a comunidade de desenvolvedores (KHARIF, 2015).
4.1 LEGALIDADE DA MOEDA.
As legislações em alguns países são diferentes em relação a Bitcoins. Alguns países se preocupam mais com a questão econômica, outros se preocupam mais com questões regulatórias.
Segundo Fobe (2016), existem várias jurisdições no mundo que se manifestam em relação as criptomoeda em geral, sendo elas ramificadas em 3 tipos.
"Dentre as 62 jurisdições que se manifestaram em relação às criptomoedas, parece ser possível distinguir três linhas de posicionamento que, por sua vez, ramificam-se em outras ações regulatórias. São elas: I) Publicação de nota de alerta, combinada ou não com requisição ou proposta de estudos e obtenção de mais informações por parte do regulador. Por vezes, há a formação de grupos de trabalho no Legislativo (Canadá, França, Nova Zelândia) ou no Banco Central (Reino Unido, Suécia) para discutir modelos regulatórios. Normalmente, o trabalho de discussão resulta na publicação de relatórios; II) Criação de implicações jurídicas sem que se discuta aspectos monetários. Geralmente resulta em desdobramentos tributários. É o caso, por exemplo, da Austrália, do Brasil, Bulgária e Eslovênia. Muitas jurisdições adotaram essa linha em um primeiro momento para, em seguida, discutir outras questões atinentes ao Bitcoin (como questões monetárias, por exemplo); III) Criação de implicações jurídicas com base em elementos "monetários" do Bitcoin. Um exemplo disso é o posicionamento da Rússia que, por considerar o Bitcoin um "substituto monetário", optou por proibi-lo. A Irlanda, por sua vez, adotou essa postura quando seu Banco Central declarou que o Bitcoin não é considerado moeda legal no país" (FOBE, 2016).
No caso do Brasil, atualmente a inflação atinge a todas as classes sociais e pessoas, e embora já tenham pensado em métodos monetários distintos com a ausência do governo, o Bitcoin é o único que oferece segurança baseada em criptografia e cálculos matemáticos, e independente do controle do estado atingiu uma repercussão crescente desde a sua criação.
A regulamentação da moeda divide opiniões, pois os libertários são a favor da autonomia de fazer suas transações sem nenhum controle do estado e não querem que se torne algo regulamentado e controlado por um intermediário, por outro lado quem tenta trazer uma legislação para o uso da moeda se preocupa com o suposto anonimato em crimes de tráfico, lavagem de dinheiro, etc... E o efeito que isso poderia ter nos grandes bancos e na economia do país. A falta de conhecimento em termos tecnológicos pode deixar vulnerável certos usuários, assim como algumas instituições e empresas privadas.
4.2 EMPRESA HOSTCOIN.
Uma empresa chamada Hostcoin, sediada em Águas Claras - Brasília, possui sua própria carteira de Bitcoins, usada para pagamentos de contas de água, luz, telefone e gás. Segundo o administrador da empresa (Bitcoinserviços, 2016) a principal vantagem é a impossibilidade de falsificação. O papel-moeda, dinheiro em espécie pode ser falsificado, o que gera prejuízo para o comércio que o aceita. Outra vantagem é que não há necessidade de ter uma conta em banco, pois o pagamento é feito diretamente pela internet. Além do serviço de pagamento de contas que funciona 24 horas.
O sistema funciona da seguinte forma: O cliente cria uma conta no site https://www.Bitcoinservicos.com/, compra Bitcoins ou até mesmo transfere de uma conta externa para a carteira do site. Em seguida o site utiliza o sistema convencional para a liquidação da conta, ou seja, o sistema bancário tradicional. Os Bitcoins são convertidos em Reais e liquidados em um banco. Este é o ponto chave para esse tipo de comércio pois é utilizado como intermediário. A figura 4 demonstra esse fluxo.
Figura 4: Processo de Pagamento HOSTCOIN. Fonte: Autoria (2016)
O objetivo da empresa, além da lucratividade é incentivar o uso do Bitcoins no dia-a-dia, e por esta razão não fazem o câmbio do Bitcoin para o papel-moeda (Real). Em alguns caixas ATM e através de tecnologias como XAPO, que está descrita no tópico 4.5, é disponibilizada essa funcionalidade.
O serviço hostcoin (Bitcoinserviços, 2016) teve início em 2016 e possui 100 clientes ativos por mês. O crescimento da sua utilização é lento devido à desconfiança da sociedade em geral por algo que não tenha a "garantia" do governo. É cobrado um pequeno percentual sobre o valor do pagamento para cobrir os custos operacionais do site. Funciona 24 hr durante 7 dias na semana e o tempo de processamento é de um dia útil.
Os clientes podem utilizar do anonimato para realizar os pagamentos, pois não é necessária documentação alguma para utilizar os serviços, apenas um cadastro para a criação da carteira, validando apenas o e-mail. Qualquer outro dado informado pode ser considerado como falso.
O administrador da hostcoin (Bitcoinserviços, 2016) acredita que se o Banco Central criasse alguma regulamentação para o uso dos Bitcoins aumentaria o uso da moeda pela população, devido a sensação de confiança da sociedade no governo, porém o mesmo pensa ser difícil que isso aconteça nos próximos 5 anos.
Informa ainda que o público que utiliza Bitcoins hoje são pessoas que desejam um instrumento de privacidade e liberdade sobre o seu próprio dinheiro, mas que isso ainda não representa nem 1% do total de cidadãos brasileiros com acesso à internet e com algum nível de instrução, "são poucas as pessoas que entendem de fato a influência do governo em suas vidas". (Bitcoinserviços, 2016)
Outro detalhe importante é que o Bitcoin não impede a tributação, e sim, a inflação, que é o aumento exagerado no valor dos preços, por este fato o administrador (Bitcoinserviços, 2016) acredita que o governo demorará para regulamentar o Bitcoin, até mesmo porque ele foi criado para justamente não ser controlado pelo governo.
O administrador do site (Bitcoinservicos, 2016) acredita que se o Bitcoin fosse regulamentado, seriam cobradas taxas de utilização, mas o grande problema é que seria impossível fiscalizar e cobrar essas taxas de fato. O direito do consumidor, dentro do que já existe legalmente estabelecido, não seria afetado. Hoje o governo consegue ser eficiente na cobrança de impostos porque a maioria das transações são processadas por meio eletrônico e estas são interligadas ao Banco Central. Não é possível saber de forma eficiente que endereço Bitcoins pertencem a que pessoas, mas uma coisa é certa, as empresas de câmbio de Bitcoins serão as principais afetadas caso haja a regulamentação do Bitcoin e muitas fecharão as portas, outras terão que se adaptar aos novos métodos. Ainda neste cenário o administrador do serviço acredita que irá florescer o comércio P2P de Bitcoins, tornando-se uma tarefa extremamente difícil para o governo monitorar.
4.3 INFORMAÇÕES SOBRE O BITCOIN DO SITE COINMARKETCAP.
O site coinmarketcap.com mostra todas as capitalizações de mercado das criptomoedas, assim como o total de moedas em circulação. A figura 5 informa o valor do Bitcoin no momento (15/10/2016 às 15:49), o total de bitcoins em circulação e o limite que poderá alcançar, sendo ele de 21,000,000 BTC.
Figura 5: Capitalização do BITCOIN. Fonte: CoinMarketCap (2016)
4.4 INFORMAÇÕES SOBRE O BITCOIN NO SITE BLOCKCHAIN.INFO.
O site blockchain.info mostra todas as transações de Bitcoins feitas na história e em tempo real, a chave pública da carteira que está realizando a transação, o total de entrada e de saída, as taxas cobradas na transação e alguns outros detalhes.
O gráfico apresentado na figura 6 mostra o número total de bitcoins que já foram minados.
Figura 6: Gráfico dos Bitcoins em Circulação. Fonte: BlockChain (2016)
O gráfico da figura 7 mostra o valor do bitcoins em dólares.
Figura 7: Gráfico do Preço da Moeda no Mercado. Fonte: BlockChain (2016)
4.5 O CARTÃO DE DEBITO XAPO.
A Xapo tem a missão de trazer para o dia a dia das pessoas o Bitcoin, realizando transações, pagamentos e até saques, além de possuir um cofre de segurança para armazenamento dos seus BTC.
O cartão de débito Xapo se conecta com sua carteira Bitcoin e permite utilizar o cartão em compras diárias e até mesmo sacar o dinheiro em reais, também poderá fazer compras e vendas com os próprios Bitcoins, ao receber seu cartão, ele virá com a bandeira VISA.
Poucas pessoas atualmente conhecem as inúmeras ferramentas que ajudam a lidar com o bitcoin. A tecnologia Xapo é exatamente o que muitos gostariam de ter para utilizar a moeda virtual, a conversão direta e a hora que quiser dos seus BTC em R$ reais.
Dentre os assessores da Xapo estão, Lawrence H. Summers um economista americano, que atuou como Secretário do Tesouro dos EUA de 1999 a 2000, Dee Hock que é o CEO fundador e ex-Presidente da Associação de Cartão de Crédito Visa, e John Reed que é o ex-presidente da bolsa de Nova York. (XAPO) A figura 8 mostra a interface do aplicativo no celular.
Figura 8: Aplicativo XAPO. Fonte: XAPO (2016)
O cadastro funciona da seguinte forma: O usuário fornece um e-mail, um PIN e uma senha junto com alguns dados pessoais, após o cadastro ocorre a verificação do e-mail.
No site, este usuário possui 4 carteiras sendo elas: Uma para reais R$, outra para dólares $, uma de bitcoins e uma de armazenamento, tendo a opção de criar novas carteiras também, vide figura 9:
Figura 9: Xapo Wallets. Fonte: XAPO (2016)
O cartão funcionará em todos os lugares do mundo (obviamente lugares que aceitem cartão de débito com a bandeira VISA), será solicitado que selecione uma moeda base para o cartão, senda elas USD (Dólar), EUR (Euro) ou GBP (Libra Inglesa), se aconselha selecionar a moeda na qual será feita a maior parte das transações, no caso do Brasil todas as transações haverá taxas, na figura 10 está a tabela de valores para solicitar o cartão:
Figura 10: Como Solicitar o Cartão. XAPO (2016)
Existem algumas taxas para o seu uso cotidiano, como por exemplo para sacar nos caixas ATM , vide figura 11:
Figura 11: Taxas para ATM. XAPO (2016)
Existem taxas para utilizar o cartão no débito, caso utilize na moeda base do cartão, não existirão taxas, porém se utilizar em outra moeda cobram 3% da transação, vide figura 12:
Figura 12: Taxas para Débito. XAPO (2016)
O cartão possui algumas limitações, vide figura 13. Quando se alcançar os limites básicos será obrigatório atualizar para continuar utilizando o cartão.
Figura 13: Limites do Cartão. XAPO (2016)
4.6 ABAX CONTABILIDADE.
A ABAX Contabilidade localizada no SRTVS - Brasília - DF, é o primeiro escritório de contabilidade do Brasil a aceitar bitcoins como forma de pagamento.
O pagamento por meio da criptomoeda é bem simples, basta usar bitcoin wallet conforme explicada no tópico 2.5, será gerado um QRcode com os dados e valores dos honorários. Após isso basta colocar o QRcode indicado na wallet e finalizar o pagamento. Na figura 14 demonstra-se este fluxo de pagamento.
A empresa utilizou a consultoria de Batistele, dono do site capitalbtc como está descrito no tópico 4.8.
Figura 14: Fluxo de Pagamento ABAX. Autoria (2016)
4.7 INFORMAÇÕES SOBRE O BITCOIN DO SITE MARCADOBITCOIN.
O site mercadobitcoin.com.br é uma plataforma brasileira para compra e venda de bitcoins, assim como funciona na bolsa de valores, porém com algumas variações. Eles possuem um preço fixo para 1 BTC que no momento é de R$ 2144,36 (24/10/2016) [Atualização: 1 BTC passou a valer R$2485,00 na data de 17/11/2016] e para começar a negociar suas moedas é necessário um deposito de no mínimo R$50 que totaliza 0,023 BTC (24/10/2016) [Atualização: R$50 = 0,021 BTC 12:22 17/11/2016].
A volatilidade da moeda é bastante alta, desde 2014 ela vem sendo levemente menos volátil, mas ainda assim seu preço continua subindo e descendo em pouco espaço de tempo, bem maior do que a moeda tradicional (Real). Não existe um estudo científico que comprove como funciona de fato essa alta volatilidade do sistema. Na figura 15 demonstra-se como a moeda ganhou valor em tão pouco tempo.
Figura 15: Volatilidade do Bitcoin. Autoria (2016)
O cadastro funciona da seguinte forma: para o cadastro normal somente é necessário um CPF ou CNPJ ativo e a confirmação por e-mail, para possuir o acesso vip é necessário encaminhar um documento com foto. Neste caso foi encaminhado uma CNH. Já para possuir o gold será necessária uma autenticação, o site aconselha a autenticação através do sistema Authy, ele irá ler um QRcode e informar um número token que será inserido no site, vide figura 16:
Figura 16: Cadastro MercadoBitcoin. Fonte: MercadoBitcoin (2016)
: Re: Moeda Eletrônica Bitcoin: Análise do Uso na Cidade de Brasília – DF.
: admin 10, 2020, 04:18
4.8 CONSULTORIA DE CRIPTOMOEDAS EM BRASÍLIA.
Localizado no SRTVS - W3 Sul, trabalha Rodrigo Batistele, através de uma entrevista foi constatado que o mesmo é um consultor formado em administração que presta consultorias a respeito do Bitcoin e diversas outras criptomoedas, a mais de um ano no mercado. Ele possui o site capitalbtc.com.br que é responsável por assessorar pessoas físicas e jurídicas levando-as a entender melhor a moeda e obter ganhos financeiros com o Bitcoin.
Dentre os softwares que utiliza para trabalhar nesta área estão: Poloniex, xapo, mercadobitcoin e blockchain .
A Capital BTC é uma empresa independente, que acredita que o Bitcoin e a sua tecnologia de blockchain irão transformar tudo o que conhecemos sobre o sistema monetário e sobre meios de pagamento, fazendo surgir uma cultura econômica e uma forma de pensar sobre o dinheiro totalmente diferente.
Missão.
Expandir o uso e conhecimento do Bitcoin e de digital currencies e garantir o êxito nos objetivos financeiros de nossos clientes, oferecendo um serviço em excelência profissional.
Visão.
Ser referência no Distrito Federal no mercado de Bitcoin e digital currencies.
Valores.
Comprometimento, Transparência, Relacionamento Benéfico, Prosperidade, Integridade, Confiança, Evolução Humana. (BASTISTELE, 2016).
4.9 RESTAURANTE PECORINO.
Localizado no Boulevard Shopping, o restaurante Pecorino oferece a possibilidade do pagamento em Bitcoins, e ainda os usuários que escolherem este método de pagamento ganham 10% de desconto no prato.
Para pagamento é utilizado um aplicativo chamando comerciante blockchain, Antônio que é um dos gerentes da rede, dirige com mais um colega a casa Pecorino do Boulevard Shopping. A rede Pecorino possui ainda 6 casas e uma franquia, com projetos de estender em toda a rede essa forma de pagamento alternativo. Através das viagens para o exterior o dono da empresa constatou que muitos comércios utilizam o bitcoin, sendo assim quis implementar essa tecnologia em seu negócio no Brasil.
Figura 17: Restaurante Pecorino. Fonte: Autoria (2016)
CONCLUSÃO.
Como o conceito da criptomoeda Bitcoin envolve não somente termos tecnológicos como também culturais, depende de cada um se envolver ou não com essa tecnologia, porém ainda levará tempo para que essa moeda virtual atinja o espaço que as moedas convencionais tomaram na economia. A escolha por utilizar este sistema poderá trazer uma liberdade econômica que muitos desejam, obviamente buscando e utilizando sempre informações íntegras sobre o assunto.
Foi constatado na pesquisa que o Bitcoin possui um poder de compra real, atualmente é possível comprar praticamente qualquer bem e serviço com a moeda, utilizando das distintas formas de pagamento. A moeda é altamente volátil, portanto será necessário um leve estudo econômico do usuário para evitar gastos desnecessários.
Levando em consideração a utilização do Bitcoin em grande escala, se supõe que o Brasil tenha certa resistência a mudanças, principalmente mudanças originadas pela tecnologia, cidadãos que não conseguem ter uma boa relação com a tecnologia acabam não utilizando os benefícios e a acessibilidade que ela traz. O DF já começou a adotar a tecnologia Bitcoin, ainda que em poucos estabelecimentos, é um início para um possível futuro de criptomoedas na capital federal.
Pode-se achar que poucas pessoas utilizam moedas virtuais hoje em dia, mas quando compras são feitas com um cartão de débito/crédito, não existe um papel moeda para aquelas transações, apenas bits sendo trocados a todo instante, que classificaria as transações como uma espécie de moeda virtual, ou seja, não física e palpável. O Estado precisa estar a par deste este assunto assim como os cidadãos comuns, o Bitcoin deixou de ser apenas uma ideia, como foi a princípio quando o paper foi publicado em um fórum. Esse sistema monetário gira uma economia própria no mundo inteiro e a cada dia ganha mais força e usuários.
A blockchain vem sendo considerada por muitos uma forma segura de se realizar transações em bits, tanto é que alguns bancos nacionais e internacionais já estão de olho nesta tecnologia, como por exemplo: CITI, Santander e BBVA, a diferença é que com o bitcoin não existirá nenhuma autoridade que poderá controlar de forma hierárquica as transações.
Vale ressaltar que quando o poder é colocado na mão de poucos indivíduos torna-se um lugar fértil para a corrupção. Uma moeda descentralizada poderia minimizar ou até mesmo extinguir esse tipo de problema, se utilizada da forma correta e constantemente desenvolvendo tecnologias capazes de minimizar os riscos, tanto negocial quanto na estrutura do sistema e da rede em si.
Atualmente no DF, existe a possibilidade de pagar contas de luz, água, telefone, comida e até mesmo serviços de contabilidade com a criptomoeda. Cada empresa possui sua forma de pagamento. Cabe ao consumidor e usuário da moeda virtual checar a origem e a segurança dos sistemas utilizados. É importante revisar também métodos de garantia que alguns sistemas Bitcoin possuem, lembrando que a garantia relacionada a essa moeda não é obrigatória.
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Dr AUREO. Projeto de Lei 2303 . Disponível em: Acesso em: 6 set. 2016.
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H4NN1B4L. O que é hash e quais as suas principais ferramentas . Disponível em: Acesso em: 18 out. 2016.
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KHARIF, Olga. O bitcoin está tendo uma crise de identidade . Disponível em: Acesso em: 3 out. 2016.
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NOVAES, Rafael. Saiba o que é criptomoeda, para que ela serve e como utilizá-la . Disponível em: Acesso em: 20 set. 2016.
ROHR, A. Ainda tem dúvida sobre Bitcoin? Confira perguntas e respostas. Disponível em: Acesso em: 20 set. 2016.
SILVA, Douglas. Aspectos de segurança na rede Bitcoin . Disponível em:
Acesso em: 12 ago. 2016.
SPAVEN, Emily. Kipochi launches M-Pesa integrated Bitcoin wallet in Africa . Disponível em: Acesso em: 20 set. 2016.
ULRICH, Fernando. BITCOIN a moeda na era digital . São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises Brasil, 2014. 123p.
ULRICH, Fernando. Bitcoin ou Blockchain? . Disponível em: Acesso em: 24 ago. 2016.
VODAFONE. What is M-Pesa?. Disponível em: Acesso em: 20 set. 2016.
XAPO. A sua nova conta corrente . Disponível em: Acesso em: 15 ago. 2016.
XAPO. Assesores . Disponível em Acesso em: 11 nov. 2016.
ANEXO.
GLOSSÁRIO.
Bitcoin XT: É uma implementação do sistema Bitcoin, que abrange a visão original do Bitcoin, originou-se de reparos no Bitcoin Core e agora um software mantido de forma independente. (BITCOINXT)
Blockchain: é uma corrente de blocos, ou simplesmente um registro público de transações, o que nada mais é do que um grande banco de dados público, contendo o histórico de todas as transações realizadas. (ULRICH, 2014)
Criptomoedas: Criptomoeda é a moeda virtual que utiliza criptografia para mantê-lo seguro. Igual à moeda impressa que tem números de série ou listras ocultas em seu interior para evitar falsificações, a criptomoeda utiliza códigos que são muito difíceis de quebrar. (NOVAES, R. 2014)
Gasto Duplo : Quando algum usuário malicioso tenta gastar Bitcoins em dois lugares ao mesmo tempo (Principais Desenvolvedores Bitcoin)
Hash: Um hash (ou escrutínio) é uma sequência de bits geradas por um algoritmo de dispersão, em geral representada em base hexadecimal, que permite a visualização em letras e números (0 a 9 e A a F), representando 1/2 byte cada. O conceito teórico diz que "hash é a transformação de uma grande quantidade de informações em uma pequena quantidade de informações". (H4NN1B4L, 2011)
Kipochi: É um serviço global de carteiras Bitcoins. (SPAVEN, 2013)
Mineradores: São usuários que proveem a força computacional para realizar os registros e as reconciliações das transações. Esses usuários são chamados de "mineradores", porque são recompensados pelo seu trabalho com Bitcoins recém-criados. (ULRICH, 2014)
M-Pesa: É um sistema de transferência de dinheiro, ele permite que milhões de pessoas que tenham acesso à um dispositivo móvel, porém não tenha ou tenha limitadamente acesso a sua conta bancária, envie e receba dinheiro, pague contas. (VODAFONE)
Satoshi: "A menor parte de um Bitcoin é chamada de "satoshi". Um único Bitcoin tem cem milhões de satoshis (0,00000001 BTC)." (ROHR, 2014)
[1] Bacharel em Sistemas de Informação - Universidade Paulista - UNIP.